segunda-feira, 3 de março de 2008

O créu (?)


Caros amigos, não gosto de televisão aberta, fujo dela sempre que possível. Tenho ranço com novelas, não suporto programas apelativos, não posso com velhas senhoras vestidas de adolescente fazendo programas juvenis, gordos apresentadores com velhas fórmulas viciadas para angariar audiência; o “Big Brother”, então, é o pior lixo cultural que anda por aí, não acrescenta um grama a mais no desenvolvimento moral e intelectual de quem o assiste. Mas, às vezes, a precaução falha e lá está a TV ligada, impossível não notar. Pois, dia desses, vi bestificado a “dança do créu”, e fiquei mais alarmado ainda com a franca ascensão da degeneração dos costumes. Um grupo de idiotas, travestidos de repórteres (sic), nas ruas de um subúrbio qualquer deste país, pedia às pessoas que fizessem a tal dança e, depois, riam dos infelizes às gargalhadas. Notava-se que eram pessoas de padrões cultural e social muito baixos; mas, pior que isso, foi ver as crianças, a maioria meninas, de seis, sete até uns doze anos, rebolando em gestos obscenos e até pornográficos. Pois, a dança do créu não é mais do que isso: um espetáculo inteiramente obsceno. Ato obsceno, até onde eu saiba, ainda é crime, e punível de três meses a um ano de cadeia. Quem chama esse “funck” lixo de música nunca ouviu James Brown ou Tim Maia - aquilo sim era funk. Quem chama isso de música popular nunca ouviu Paulinho da Viola, Chico Buarque ou Frank Sinatra. Isso sem falar em música mesmo, como Tom Jobim ou Ira Gershwin.
A família está mergulhada numa letargia perniciosa da qual não consegue acordar. Os jovens e as crianças se vulgarizam, suas condutas fogem ao controle dos pais que, como nunca tiveram as rédeas mesmo, apenas assistem com um riso estúpido e envergonhado na cara. A televisão ainda é um instrumento da democracia sobre o qual nós, pais e mães, temos o poder. Não falo de censura porque censura é coisa burra. Basta apertar um botão e o lixo cultural desaparece no ar. O problema é quando não temos mais capacidade de diferenciar o bom do ruim. Estamos criando uma geração de beócios aculturados e semi-alfabetizados. E é essa geração que vai nos governar em alguns anos (Deus nos acuda!).
Não sou moralista, não sou reacionário, mas ainda revolta-me o estômago quando vejo uma criança de dez anos rebolando com uma dançarina de bordel.
Pensem nisso!

2 comentários:

  1. Sim. Abominável o Crew (sic) com a letra W mesmo! Falta de originalidade e do uso do português. Mais horripilante ainda, é ver a mídia "fomentando" esse tipo de atitude e a fazendo predominar em nossos lares, como se fossemos obrigados a engolir tudo o que nos jogam na cara todos os dias. Fico com a opinião de um jovem estudante de engenharia, creio que da USP, quando foi entrevistado pelo "criador" (se é que para um letra tão fabulosa assim é necessário existir um autor, criador ou seja lá qualquer outro nome) que disse: Desculpe-me, mas o senhor não tem inteligência alguma.
    Quer mais?
    "Créu nele!!!!"

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  2. Amigo Colombo ,vamos ver se agora vai,adorei tuas histórias ,a poesia do livro ,já li a primeira do livro, as crõnicas do broguimmmmmmmmmmmmmmmmmmm, espero ter tempo pra terminar o livro,pois estamos com a sogra daqule jeito, com calma vou lendo ,um grande abraço . Foi maravilhosos ter podido estar no lançamento do teu livro .SUCESSO! Que teu livro chegue aos mais diversos cantos desse Brasil.bjjjjjjjjjjjjj

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