sexta-feira, 17 de junho de 2011

Lançamento de "Uma Candeia sobre o Alqueire"

Obrigado a todos!

A sessão de autógrafos de Uma Candeia sobre o Alqueire na 27ª Feira do Livro de Canoas, foi um acalanto.




















Quem tiver interesse em adquirir um exemplar, pode solicitar falando comigo mesmo pelo e-mail gersoncolombo@gmail.com


quinta-feira, 2 de junho de 2011

Os coitadinhos


Existe uma reação humana que considero interessante. A transferência da responsabilidade por nossas falhas. Já repararam como fazemos isso constantemente? Transferimos para os outros a razão das nossas frustrações. É mais confortável, menos compromissado, assim fugimos da realidade e dos desafios da vida que nos tornam adultos (tem gente para quem a adolescência nunca acaba, vai dos 12 aos 80). Quem costuma agir assim não conhece a si mesmo, não reconhece seus defeitos e não assume sua responsabilidade, nem sobre seus atos ou mesmo sobre a condução da educação de sua família. Quantas vezes eu ouvi: “Meu filho é drogado, mas é um menino de ouro. Foram as más companhias...”, sempre a culpa é dos outros. Ele nem quer saber se não é seu filho a má companhia para os outros. Isso quando não caem na paralisia do fatalismo, aceitando tudo como inevitável: “Não posso fazer nada para mudar o mundo.”, “Sou pobre, nasci assim, nada posso fazer para mudar a sorte.”, “Que fazer? É a vontade de Deus...” (a vontade de Deus?!”).

Lembrei-me do Evangelho de João, cap. 5, sobre o encontro de Jesus com o paralítico do tanque de Betesda. Há 38 anos o sujeito vivia preso a um leito. Estava à beira do tanque, onde qualquer doente seria curado se mergulhasse após um movimento das águas. Jesus lhe pergunta se queria ser curado, o homem não diz sim ou não, responde: “Senhor, não tenho ninguém que me ponha no tanque, quando a água é agitada...”. A culpa, enfim, era dos outros que não o ajudavam. Mas, Jesus manda-o levantar-se, tomar o leito e sair andando. Pode ser mesmo que os outros fossem egoístas, mas a questão é que ele, na primeira oportunidade, fez foi lamentar-se. O “complexo do coitadinho” é que faz com que se reclame o tempo todo daqueles que não nos ajudam, daqueles que nos ferem, dos que nos abandonam. Ora, mesmo as pessoas a quem mais amamos, em determinado instante podem nos machucar. Nesse momento é preciso ser adulto, é preciso reconhecer que a vida de relação pode nos ferir. O queixar-se constantemente leva à paralisia das nossas vidas, quer seja pela frustração, pelo desânimo, pela raiva. A lição para o paralítico também nos serve: “Levanta, assume tua vida e segue em frente!”. Assuma suas responsabilidades, encare seus dramas, seja adulto, não reclame da vida à toa. E tem mais: não espere "afagos", pois, ninguém tem pena desses “coitadinhos”.

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