Acabou-se
a letargia do sono em “berço esplêndido”. O Gigante acordou é o que dizem as
ruas. E ao que parece para uma longa vigília em favor do bem comum. Quem tiver
ouvidos de ouvir que ouça. A minha geração tremia, de raiva e não de medo, nos
tempos da repressão, do abuso de poder, da tortura, do “sabe com quem está falando?”, da inflação mascarada, do uso da
Previdência para construir pontes e estradas, da corrupção abafada pela
censura, das eleições indiretas. As ruas, então, se encheram como agora.
“Diretas já!”. Voltou o poder do povo e para o povo. Mas, o povo foi traído
novamente. De volta às ruas, então! Agora de caras pintadas: “Fora Collor!”, e
o presidente caiu. E os exilados, presos e torturados chegaram ao poder. “Agora
a coisa vai! São políticos de boa cepa!”. Qual o quê... Agravaram-se a
corrupção, a impunidade, a violência urbana, uma exorbitância de impostos sem o
retorno devido, a Educação em petição de miséria, a troca de apoio no Congresso
por dinheiro, condenados julgados gozando de liberdade, o caos na saúde
pública, a delinquência juvenil impune e sem controle. Fica o gosto amargo de
saber que os nossos eleitos não nos representam. E as obras para a Copa? A
Grêmio Arena, particular, sem dinheiro público, erguida do zero, ficou em
quatrocentos milhões; a “reforma” do Maracanã, obra pública, custou um bilhão
de reais. A senhora “presidente”, em Roma, hospedou-se em hotel de luxo, com
sua comitiva, ao custo de dezenas de milhares de reais, desprezando nossa
Embaixada e a inteligência do povo. Temos mais? Ah, tem... Tem o mensalão, com
a “eminência parda” do Lula, inexplicavelmente fora do processo, tem o Renan,
tem o Feliciano com a “cura gay” (Meu Deus!), tem a Hidrelétrica de Belo Monte,
temos os foros “privilegiados”. Temos desigualdade, enfim! Mas, a rua não tem
estatutos. O simples aumento nas passagens de ônibus em Porto Alegre serviu de
estopim para incendiar o Brasil. O povo, nas ruas, clama por consertar qualquer
coisa que entenda injusta, rejeitando Partidos, tanto faz situação ou oposição
(que parece não haver), e que não são bem vindos. A exemplo das primaveras
espalhadas pelo mundo, desde o “occupy wall street” passando pelo mundo árabe e
pela Europa, a nossa primavera parece ter chegado no começo do Inverno.
Ninguém, em sã consciência, quer o vandalismo, que seja reprimido com dureza.
Mas, a manifestação pacífica...? Deixem o povo nas ruas! A classe política, se
tiver ouvidos de ouvir, que faça seu trabalho decentemente. Vejam! Estão
voltando as flores.
sexta-feira, 21 de junho de 2013
quarta-feira, 19 de junho de 2013
Lançamento A Empreitada
Foi um grande prazer receber amigos leitores e leitores amigos no lançamento de "A Empreitada". Aconteceu no BooKafé da 29ª Feira do Livro de Canoas, em 11 de junho. Obrigado, um grande abraço a todos!
Ah! Aproveitem a leitura! Quem sabe, a partir daí, não iniciamos todos a nossa empreitada?
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