
Como tem sido fácil e despreocupado falar-se em Deus. “Seja o que Deus quiser!”, “Se Deus permitir, ganho na loteria.”, “Guiado por Deus, dirigido por mim.”, “Se Deus quiser, passo no vestibular (hã, hã, não estude para ver).” Fácil como se Deus fosse o responsável pelo nosso sucesso ou fracasso. Acho isso injusto com a divindade. Confesso a minha dificuldade
Muitos pregam a Deus como um conceito econômico: para se ganhar dinheiro é preciso investir dinheiro. Logo, o homem só será feliz (materialmente) se aplicar seus recursos (às vezes poucos) na sua “religião”. Ora, a presença de Deus em nós é muito maior do que ser agraciado com dádivas materiais como sucesso empresarial, melhor salário, melhor emprego, ou mesmo saúde. Outros, considerando-se ateus inteligentes atacam tudo que seja de natureza espiritual, como se aceitar a divindade fosse sinal de ignorância. Mas, Deus não é privilégio de nenhuma religião-instituição; e, certamente, não se ressente com aqueles que o renegam, pois o ressentimento é uma atitude meramente humana. Ele está acima de tudo isso, de ateus e de deístas. Os homens podem até incendiar o mundo em Seu nome, mas Ele não terá nada a ver com isso. A verdadeira religiosidade é apenas sentida, não tem dogmas, nem paramentos, nem formalidades exteriores, muito menos rituais. Portanto, pregadores, sacerdotes, profetas, ateus e agnósticos, quando falarem em Deus, façam-no com brandura, com equilíbrio e harmonia, possivelmente a verdadeira essência de Deus. Afinal, há tanta injustiça para se corrigir, tantos sofredores a socorrer, tantos desvalidos a se cuidar.
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