
Canoas já não passa
“Quem sabe, um dia, ainda não vou morar por aqui? Numa daquelas casinhas brancas do QG?”. Pois é! Nosso único destino é traçar os próprios caminhos. Cresci, estudei, me fiz homem, estudei mais, ganhei o mundo trabalhando nas asas da Força Aérea, voltei depois de vinte anos. E não é que terminei por morar numa daquelas casinhas brancas? E só aí, então, descobri Canoas. Vibrante, crescente, operosa, fragmentada, dividida pela rodovia de trânsito alucinante, espremida pelos muros do trem, assustadora aos olhos que só vêem contornos. Mas, uma cidade como Canoas não é feita só da dureza do seu concreto. Ah, os parques! As praças! Os ipês, os jacarandás, as timbaúvas, os majestosos guapuruvus, com eles a vida passa mais devagar.
E as gentes daqui, então? Esse povo é o sal da terra, é o que dá gosto de aqui viver. Fui ficando, o lugar me aceitou, acabei igual entre iguais. Aqui conheci pessoas que fazem cultura em alto nível: escritores, poetas, artistas, atores, companheiros de letras e artes. Aqui plantei meus amigos, meus discos, meus livros e... algumas árvores. As raízes de tudo isso cresceram, fixaram-me neste solo. Meu neto nasceu aqui, o primeiro membro canoense da família. Canoas já não passa lentamente por mim, estou nela como ela está
Gerson, gostei do seu Blog ja o inclui nos favoritos, parabéns é isto ai temos que externar nossas emoções com a cidade que amamos! Um abraço!
ResponderExcluirNalu