sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

A hora é agora.





Há uns dias atrás, veio-me um lampejo de consciência: nós estamos mesmo destruindo a casa em que moramos. Nós, que eu digo, somos os seres humanos, e estamos acabando com este planetinha azul com o qual giramos pelo espaço. Pois, esse “estalo interior” surgiu-me na virada do ano, com as tragédias de Angra dos Reis, no interior de São Paulo, em Minas e no interior do Rio Grande. Que chuvarada! Isso tudo de uma vez só, sem trégua. Minha gente, esse foi um alerta e tanto. É melhor repensarmos nosso comportamento em relação às coisas do meio ambiente, sob pena de pagarmos um preço alto muito em breve. Se bem que algumas pessoas já pagaram esse preço com a vida, nesses acontecimentos trágicos que citei acima.

Trinta, quarenta anos atrás, o tema ecologia era tratado como coisa de quem não tinha o que fazer, frescura de intelectual que não conhecia mato, coisa de maconheiro ou de efeminidados enrustidos (já vou logo avisando que nunca pensei assim). Não se dava, nem na política nem na sociedade, oportunidade para uma discussão séria sobre o meio ambiente. O negócio bom era desmatar e construir estradas. Quando os árabes criaram a crise do petróleo em 1973, aquilo foi um “Deus nos acuda!”, por que não se pensava em outra forma de energia que não viesse do “ouro negro”. As prefeituras permitiam (e ainda permitem) construções desordenadas em áreas de proteção ambiental ou de risco (vide Angra, Salvador e Belo Horizonte). Desenvolvimento a qualquer preço.

Sempre olhei com reservas esses “profetas” do apocalipse ambiental. Ainda não sei se estão certos sobre o aquecimento global ou se isso é mesmo cíclico, como querem outros. Mas, sei que, se avançarmos sobre a natureza, feito loucos com máquinas e homens, ela avançará sobre nós. E ela é, como se viu, muito mais poderosa. Deus perdoa sempre, a natureza nunca. Se os governantes, infelizmente um mal necessário, não se ocupam com políticas ambientais globais, o homem comum deve criar uma mentalidade de proteção à natureza que o cerca. E não adianta só sair por aí em passeatas, carregando cartazes. Quer sua cidade limpa? Cuide do seu quintal e da sua calçada. Não jogue lixo na rua, na praia ou pela janela do carro. Separe o lixo que pode ser reciclado. Antes de mudar o mundo, é preciso aprender a mudar de postura diante dele. Não há mais tempo para divagações. O perigo, como se viu, é real. A hora é agora, e o mundo é uma aldeia só.

É..., feliz ano novo!



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