segunda-feira, 28 de setembro de 2009
Respeito é bom.
Os relacionamentos humanos, notadamente os relacionamentos conjugais, mostram-se cada vez mais espinhentos, e estão baseados na dificuldade de se entender que não podemos ser felizes com os outros se não o formos conosco mesmos. No momento em que entendemos isso, tudo fica fácil e simples. Ainda seguimos os princípios de que para haver perfeito entendimento num relacionamento alguém tem que ceder. Seja isso no casamento, pais e filhos, patrão e empregado, professor e aluno, dupla caipira, etc. Por quê? Ah, esse tempo já passou! Toda a vez que alguém cede, este alguém perde. Isso significa prejuízo, e ninguém é feliz sofrendo algum prejuízo. Claro, existem relações de hierarquia como patrão e empregado, que nesse caso não significa ceder e sim obedecer ao poder de mando que é natural neste contrato social. Falamos da vida de relação que implica sociedade, cumplicidade e afetividade. O respeito às diferenças, à alteridade, é o instrumento mais construtivo num relacionamento. Se você, um dia, chegar a ofender, que seja com um palavrão, sua esposa, seu esposo, ou seu filho, ou seu aluno, ou seu sócio, ou mesmo o seu parceiro de dupla sertaneja, perderá o respeito dele. Ofensa física, então... Mesmo que ele viva com você, de cabeça baixa, o resto de suas vidas, não lhe respeitará nunca mais. Respeito é bom e todos gostam. Mania essa que nós temos de criar dificuldades com as coisas mais simples. Podemos viver muito bem com os outros sem precisarmos ser os donos da bola ou do campinho (essa é para quem já jogou bola em terreno baldio); ao contrário, estabelecemos regras, restrições, imposição da nossa vontade, como se os outros não existissem, ou não tivessem vontade. Não dá para ser feliz. Viver não é fácil, é verdade! Uma vida de relação é ainda mais difícil. No entanto, é preciso aprender a negociar e não apenas ceder, mutilando a própria vontade. Ceder constantemente significa desaparecer da relação, triste, infeliz e sem vontade, e quando um desaparece só resta o outro, e isto não é mais relação. Tá certo! Muita gente vai dizer piscando os olhinhos: isso é prova de amor. Uma ova que é! Isso é só submissão, coisa de paixão. E paixão dá e passa. Paixão acaba quando as rugas e as dificuldades aparecem. O amor, ao contrário, se fortalece na cumplicidade, na mansidão do afeto, nas adversidades e, sobretudo, no respeito ao outro. Ame, pois, sem paixão, respeite para ser respeitado, e vá ser feliz. Pensem nisso!
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Lindo! Gostaria que a nossa sociedade soubesse cultivar mais respeito. Esse mesmo respeito que descreveste.
ResponderExcluirAbraços, Aline.
Opa, Gerso.
ResponderExcluirNão tinha conhecimento do Blog.
Vou adicionar aos favoritos.
Volto noutro momento.
Até.
José Heber
www.joseheber.blogspot.com